segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Capital do Fla: diretoria avalia Brasília como "casa fixa" do time no Brasileiro!

Alto poder aquisitivo, logística menos desgastante e elogios de Muricy contam a favor do Distrito Federal para jogos no Brasileiro: “Sempre alternativa boa”, diz Fred Luz. Pela segunda vez em pouco mais de 10 dias, Muricy Ramalho se manifestou publicamente sobre a necessidade de o Flamengo encontrar um estádio que possa ser sua base até a reabertura do Maracanã, prevista para setembro. No último domingo, após o Fla-Flu, o presidente Eduardo Bandeira de Mello, o diretor geral Fred Luz e o diretor de futebol Rodrigo Caetano estavam na sala de entrevistas coletivas quando o treinador fez sua queixa. Como já havia feito quando sugeriu e foi atendido na troca de Edson Passos por Volta Redonda, Muricy elogiou a partida no Mané Garrincha e deve nortear novamente a definição dos dirigentes do Flamengo, em busca do equilíbrio entre aspectos técnicos e financeiros. Unidade da federação com maior renda per capta do país, o Distrito Federal atrai pela possibilidade de bons públicos e alta renda - no domingo, o Fla-Flu teve mais de 30 mil pessoas e bilheteria superior a R$ 2 milhões. O Rubro-Negro teve, segundo o borderô divulgado pela Ferj, receita líquida de R$ 1.012.833. Além disso, os rubro-negros viajaram tanto na ida quanto na volta em voos fretados, sem passar pelo desgaste a mais de espera em aeroportos e necessidade de dormir fora do Rio e perder a manhã para recuperação de jogadores. O custo desse tipo de transporte é de cerca de R$ 200 mil - e muitas vezes são oferecidos pelas empresas organizadores dos eventos. À frente das discussões sobre o assunto, o diretor geral do Flamengo, Fred Luz, admite que mandar jogos na capital do país está na pauta. Depois de Cariacica (ES) e Cuiabá (MT), que deve ser confirmada como palco do jogo contra o Figueirense no dia 9 de março, pela Primeira Liga, Brasília se torna opção mais viável para unir o pedido de Muricy e a diretoria do Flamengo. A direção do clube, porém, ainda não desistiu de conseguir parceiros para ampliar o estádio Luso-Brasileiro, da Portuguesa da Ilha do Governador, mas a solução, a cada dia, parece mais complicada. A tendência é que, a depender da demanda de público para as partidas, a diretoria do Flamengo decida entre levar para Brasília e jogar em cidades vizinhas no estado do Rio. - Brasília sempre foi alternativa boa, porque tem estádio grande, temos bastante torcida lá e tem bom poder aquisitivo. Além disso, tem logística que não chega a ser péssima, dentre as alternativas que temos fora do estado do Rio. Mesmo em Volta Redonda e Macaé, fazemos longas viagens de ônibus - disse Luz, citando alternativas que o Flamengo vai usar durante o campeonato estadual. Nesta semana, o Flamengo enfrenta a Cabofriense em Macaé e no fim de semana vai a Volta Redonda para jogar contra o Resende. Desta vez como mandante da partida. Fred Luz lembra que no Carioca dificilmente jogos que não sejam clássicos têm atrativos para serem levados para Brasília, mas reafirmou que o Distrito Federal “não deixa de ser competitiva” para o assunto que hoje mais preocupa o departamento de futebol. Em 2013, o Flamengo fez a própria operação de jogos em Brasília, tirando, desta maneira, os descontos com a organizadora de jogos. Neste ano, nos jogos da Liga que vendeu para uma empresa, o Fla recebeu cota fixa de R$ 700 mil por jogo. No meio de campo entre Muricy e a diretoria, Rodrigo Caetano lembra que o equilíbrio é o objetivo dos dois lados - financeiro e técnico - neste momento. - O desejo do Muricy é o mesmo nosso, mas ainda não temos isso definido. Não dá para eleger só o aspecto econômico, até porque somos um clube de futebol, que depende do resultado esportivo. Montamos uma equipe que nos dá esperança de fazer um ótimo Campeonato Brasileiro. Apesar de termos de jogar fora do Rio, a sugestão é definirmos um estádio em que possamos jogar um número maior de vezes. Isso facilita a rotina, o que é fundamental para todos - explicou Rodrigo Caetano. Segundo o diretor de futebol, o maior desafio do Flamengo nesse aspecto vai ser adequar essa necessidade de encontrar uma casa provisória à boa possibilidade aberta para a venda de partidas para praças que podem pagar boas quantias e ajudar o clube a cumprir seu orçamento. Volta Redonda, com o Estádio Raulino de Oliveira, que foi elogiado por Muricy Ramalho – pelo estado do gramado e pela facilidade logística –, tem limitação de público, com capacidade inferior a 20 mil pessoas, o que torna a cidade - a 2h do Rio - menos atrativa sob aspecto financeiro. - É importante o torcedor compreender que temos muitas pedras no caminho, mas vamos tentar equilibrar isso. O Flamengo tem que cumprir o orçamento e ao mesmo tempo cumprir sua missão no Brasileiro. Apesar de o Raulino estar em perfeitas condições, o Flamengo deixaria de arrecadar. Isso está sob a alçada financeira e do marketing, que às vezes sobrepõem a mim e ao Muricy. Vamos buscar o que é melhor para o clube no aspecto esportivo e financeiro. Vamos tentar equilibrar, mas sabendo que prejuízos virão porque não temos nossa casa - destacou o diretor de futebol. Na coletiva de imprensa após a vitória por 2 a 1 sobre o Fluminense, Muricy Ramalho deixou claro que vê como urgência que o Flamengo encontre uma espécie de estádio-base para o Campeonato Brasileiro. Veja no vídeo acima. - Aproveito que nosso presidente está aqui (assistindo à coletiva) para dizer que temos que achar uma casa. Temos que nos reunir para achar um lugar. A parte econômica é importante, mas temos que achar esse lugar. Se esse lugar for aqui... a torcida foi excelente e o gramado é bom. O Campeonato Brasileiro dá poucas chances. Pular de um lado para outro arrebenta o time e depois tem a cobrança. Temos que estar atentos a esse problema.(globoesporte.com)

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