terça-feira, 28 de março de 2017
FLAMENGO E OS 3 ESTÁDIOS!
Multidão. É essa a palavra com qual podemos resumir a gigantesca torcida do Flamengo. Tal torcida que sempre foi presente nos diversos estádios espalhados pelo país. Dia e noite, à Magnética sempre deu o seu show particular. Não à toa, o famoso canto “ôôÔÔÔ ôôÔÔÔ Ô-Ô ÔÔ que torcida é essa??!!!” sempre foi entoado pela multidão Flamenga, com o intuito de demonstrar a sua alegria por envergar o Manto Rubro-Negro em qualquer estádio desse país. De posse dessa informação, peço licença aos Rubro Negros(as) de todo o Brasil, para dizer que a maioria das jogos com festas inesquecíveis e com levantamento de taças, aconteceram em sua maioria no Maracanã. Fato esse em que nada diminui a maior parte da Nação Rubro Negra que não reside no Rio de Janeiro. Aliás, manter a presença viva do Flamengo fora do Estado do Rio de Janeiro é mérito total de vocês. E por isso, merecem aplausos de pé. Dito isto, voltemos aos jogos decisivos/inesquecíveis do Flamengo no histórico Maracanã… jogos esses que costumavam ter todos os seus ingressos vendidos. A famosa “casa cheia”. Porém, se observarmos a média histórica de público em anos anteriores (inclusive na década de 80), chegaremos a conclusão que nunca tivemos o costume de lotarmos o estádio de maneira regular… Levando se em conta é claro, a capacidade máxima do Maracanã. Mesmo o Flamengo tendo a sua disposição, o maior estádio do mundo (até a alguns anos atrás). Curioso, não? E mesmo a torcida cantando que “o Maraca é nosso”, sempre tivemos um outro palco no quintal da nossa casa. Popularmente conhecido como estádio da Gávea. E que mesmo não tendo finais com públicos de Maracanã, também possuímos diversos triunfos naquele campo. Entre eles, o estupendo tricampeonato de 44 com o gol do Valido. E por incrível que pareça, mesmo o Flamengo tendo conquistado diversos títulos no Brasil e no mundo, não podemos atualmente jogar no Rio de Janeiro de forma regular e quando quisermos. E sabe por quê? Incrivelmente, não temos um estádio para administrar… Sabe aquela história de ter dois estádios? Pois é, isso não nos pertence. E essa situação esdrúxula vem sendo contada de geração em geração… De diretoria para diretoria. Até chegarmos nos dias atuais, ou seja: em 2017.
E essa situação esdrúxula vem sendo contada de geração em geração… De diretoria para diretoria. Até chegarmos nos dias atuais, ou seja: em 2017. Se temos a ambição de sermos o maior potência esportiva do Brasil, da América do Sul e do Mundo, precisamos ter o nosso porto seguro. Precisamos ter o nosso estádio. Seja ele próprio (de preferência) ou alugado. E diga-se de passagem, que em uma construção de estádio ou em um aluguel, os parceiros do Mengão devem estar alinhados aos mesmos princípios e valores que o clube adota. Construir ou administrar um estádio não é simples. É preciso ter honestidade, racionalidade, estratégia e planejamento. Atualmente, estamos sem o bom e velho Maraca. O estádio que é um símbolo para nós. E humildemente, digo que chegou a hora: Ou desistimos de mandar os jogos lá (e sem jogos pontuais) ou apresentemos uma solução viável e racional para aquilo lá. E de preferência, expondo o seu possível plano de gestão, de forma detalhada e transparente: para a opinião pública e ao seu stakeholder principal: A Nação Rubro Negra. Penso que assim, podemos ser vanguarda outra vez no cenário nacional. Além disso, não podemos esquecer dos nossos outros 2 estádios: Arena da Ilha e o estádio da Gávea. Com relação a Arena da Ilha, penso ser uma medida paliativa e interessante. Porém, é necessário pontuar que o estádio não se localiza em uma zona da cidade com transporte público de massa como o trem e o metrô, por exemplo. O que dificultaria a chegada e a saída do público. Especialmente nos jogos à noite. Além dos itens já citados, é importante ressaltar que a estadia por lá, é temporária. E nada impede de pensarmos que daqui a alguns anos, tenhamos situações complicadas em uma possível renovação de contrato de aluguel. Afinal de contas, é provável que o custo do aluguel aumente. E também é possível, que exista a dificuldade em conseguirmos parceiros para expor suas marcas durante todos os jogos… pois não é difícil imaginarmos que diversos jogos contra adversários tradicionais não ocorram lá, por conta de possíveis atos de violência que acontecem no futebol brasileiro(infelizmente). E em função de uma não regularidade de jogos, é possível que tenhamos poucas receitas. Sejam elas, oriundas de bilheterias de jogos importantes ou por conta da dificuldade de encontrar parceiros de longos anos, já que o estádio não é nosso. E sendo assim, o futuro é incerto. Além disso, não podemos nos acomodar com a Arena da Ilha, assim como foi feito durante décadas com a utilização do Maracanã.
E por último temos o estádio de número três, que é nada menos que o charmoso estádio da Gávea. E que é cercado por uma peculiaridade: Se a história do nosso futebol brasileiro nos mostra que estádios de porte estratosféricos estão se tornando “elefantes brancos” (por motivos diversos), por quê não investir na ampliação da Gávea que é nossa propriedade, ao invés de investirmos a longo prazo na Arena da Ilha? Se o Flamengo atual é totalmente profissional, o que falta para elaborar um projeto concreto e eficaz para essa ampliação? Fica aqui a minha pergunta. Em resumo: precisamos ter o nosso estádio e que o mesmo possa ser gerido por nós. Se for um estádio no qual o Flamengo seja o dono, ótimo. Senão for assim, que seja um estádio alugado por um longo período. E que seja possível realizar jogos contra adversários tradicionais com maximização de receitas, acordos de marketing por um longo prazo, e que também seja acessível por transporte de massa para a chegada e saída do público, como o metrô ou trem. E melhor do que ter três estádios fechados, é ter um só e funcionando a pleno vapor. Afinal de contas, a nação Rubro Negra merece. E esse merecimento já passou da hora. Saudações Rubro Negras.(Por Thiago Nascimento em março 28, 2017)
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