quarta-feira, 2 de março de 2016

Bandeira fala em "rasteira" da CBF e espera "bom senso" para usar Brasília!

Presidente do Fla espera que entidade reveja decisão de vetar uso do estádio Mané Garrincha e reforça apoio de dirigentes dos outros clubes para transferência de sede. A CBF já deu sua posição, mas o Flamengo ainda quer contar com Brasília para ser sua sede durante o Campeonato Brasileiro. Após reunião com membros da Primeira Liga na tarde desta terça-feira, no Rio de Janeiro, o presidente rubro-negro, Eduardo Bandeira de Mello, criticou a postura da entidade, mas acredita que a decisão ainda pode ser revista. - Estamos esperando que, a exemplo da proibição da Primeira Liga, que o Bom Senso prevaleça e que percebam que o que estamos postulando não prejudica ninguém. Essa autorização só vai nos permitir ter planejamento melhor para trabalharmos essa questão de logística, minimizar desgaste dos jogadores, atender melhor os sócios, permitir venda antecipada de camarotes e série de fatores que nos ajudariam muito - declarou Bandeira. Durante a reunião desta sexta, vários clubes manifestaram solidariedade ao time carioca e prometeram endossar o discurso. Vitório Piffero, presidente do Internacional, foi um deles. - Se não tiver jogo no Maracanã, jogamos em Brasília. Estão todos convidado - brincou o dirigente colorado. Como Maracanã fechado para as Olimpíadas até outubro, o Flamengo consultou a CBF para usar o estádio Mané Garrincha, em Brasília, como sua principal sede em 2016, mas entidade alega que a solicitação foi feita antes do prazo de discussão do Regulamento Geral de Competições para este ano. O regulamento prevê que a transferência precisa ter autorização da federação do clube mandante, do time adversário e de sua federação. No entanto, Bandeira tem uma interpretação diferente. Segundo ele, com a transferência de todos os jogos para outra sede, o procedimento não seria o mesmo. - Se tiver possibilidade de jogar, por exemplo, contra o Cruzeiro em Natal. Aí tiraríamos o jogo de Brasília, teríamos que ter anuência do Cruzeiro, das federações do Rio, do Rio Grande do Norte, agiria da mesma maneira. Mas o que queremos é fazer todo o planejamento com os jogos em Brasília. Você tendo essa informação antes (de que poderá jogar em Brasília), quando tiver a tabela, você faz planejamento mais estruturado. A quem isso prejudica? Ninguém. Ao Flamengo só prejudica ficar fazendo planejamento jogo a jogo. O presidente rubro-negro reforçou que tem o apoio de vários dirigentes e reiterou que eventuais treinos na capital federal seriam benéficos, inclusive aos adversários. Segundo ele, o Flamengo pretende usar CTs em Brasília para alguns treinamentos durante o ano, mas nada que tire as atividades do time de Muricy Ramalho do Rio de Janeiro. - Com relação a essa rasteira que levamos na sexta-feira, temos tido solidariedade de todo mundo, da imprensa, torcedores, nas redes sociais, do público em geral, com todos que falaram até agora. É só uma demonstração de que temos razão, não queríamos prejudicar ninguém, como não vamos prejudicar ninguém. Ao contrário. Sem o Mané Garrincha, as alternativas mais próximas seriam Volta Redonda e Macaé. Para Bandeira, jogar em tais estádios seria prejudicial tanto para o Flamengo quanto para seus adversários, o que evidencia ainda mais, segundo o cartola rubro-negro, que a decisão da CBF tenha sido por pressão da Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj). - Todos presidentes que conversaram conosco prestaram solidariedade e concordaram em jogar em Brasília. Até porque, independente de onde o cara esteja, em Porto Alegre, Santa Catarina, Curitiba, Recife, São Paulo, é muito melhor do ponto de vista logístico jogar em Brasília do que em Volta Redonda ou Macaé. Sem contar que, por exemplo, se jogarem Flamengo e Palmeiras em Brasília, o Palmeiras terá uma torcida enorme em Brasília. É muito mais confortável tanto para o clube quanto para os torcedores do clube jogarem em Brasília - definiu.(globoesporte.com)