terça-feira, 18 de março de 2014
Em dívida com torcida, Hernane avisa: 'Logo, logo Brocador volta a fazer gol'
Com seis gols em dez jogos na atual temporada - sendo apenas um na Libertadores - atacante demonstra confiança para a partida diante do Bolívar, nesta quarta-feira. A camisa 9 do Flamengo é um peso a ser carregado. Nos últimos anos, uma série de jogadores a vestiu e não conseguiu ter sucesso. Hernane superou o fato, ganhou espaço no clube, conquistou o título da última Copa do Brasil e fechou 2013 como maior goleador do país com 36 bolas na rede. E caiu nas graças da torcida. Por isso, sabe da responsabilidade que tem ao entrar em campo, principalmente em um jogo como o desta quarta-feira, diante do Bolívar em La Paz, na Bolívia, pela Libertadores. Com seis gols em dez jogos na atual temporada, Hernane não está satisfeito. Mesmo sendo o vice-artilheiro do time no ano - apenas um atrás de Alecsandro - o atacante não se considera em dia com a torcida do Flamengo, que marcou presença no treino desta segunda-feira, no CT do Blooming, para apoiar o grupo. - Estou devendo. Tenho que voltar a fazer gols para ajudar a equipe. O importante é que, independentemente de quem está fazendo os gols, o time está vencendo. Esse é o lado positivo, todo mundo do ataque vem fazendo gols - afirmou Hernane. Apesar de se considerar em dívida com a torcida, o Brocador está há apenas dois jogos sem fazer gol. O último foi na vitória por 2 a 1 sobre o Nova Iguaçu, no Maracanã, pelo Carioca. Hernane ainda marcou um diante do Emelec, do Equador, também no Maracanã, quando o time venceu por 3 a 1. Os outros quatro saíram na goleada de 5 a 2 sobre o Macaé. Na semana passada, no entanto, no empate por 2 a 2 com o Bolívar, no Maracanã, Hernane passou em branco e não cumpriu sua promessa. Ele havia afirmado que faria um gol nesse confronto depois da conquista da Taça Guanabara, na vitória por 2 a 0 sobre o Botafogo. - Sem dúvida que um atacante tem sempre que pensar em fazer gols. Mas, se puder dar o passe, também fico feliz - disse o Brocador.
Baixo rendimento na Libertadores
A falta de gols na Libertadores, já que marcou apenas uma vez em três jogos, o transformou em vítima dos companheiros. O volante Luiz Antonio não perdoou o Brocador e lembrou que o artilheiro do time na competição é Everton, com três gols. - Essa semana, o Luiz brincou dizendo que o Everton queria roubar o meu posto. Ele logo disse que estava apenas ajudando o time e que esse lugar é meu. Mas logo, logo o Brocador vai voltar a fazer gol - garantiu. O Flamengo tem quatro pontos e está em segundo lugar no Grupo 7 da Taça Libertadores. O líder é o Emelec, com seis. O mexicano Léon, com quatro, e o Bolívar, com dois, completam a classificação.(globoesporte.com)
domingo, 16 de março de 2014
Fla reduz ações trabalhistas em mais de 50%; só em 2014, pagou R$ 2,9 mi
Número de processos cai de 500 para 170, e valor de casos com 'perda provável' é de R$ 35 milhões. Clube confirma que Luiz Antonio não receberá janeiro e fevereiro. Enquanto busca resolver acordos de maior vulto, como a dívida cível com Petkovic que se arrastava desde 2004 e foi quitada no fim de fevereiro, o Flamengo tenta também arrumar a casa. Desde que assumiu, no início de 2013, o número de ações trabalhistas foi reduzido de cerca de 500 para 170 e, atualmente, o clube dispõe de um saldo positivo de mais de R$ 2 milhões no ato do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) que determina o repasse de 15% de todas as receitas do clube para o pagamentos de dívidas dessa natureza. Como o faturamento cresceu, o repasse também aumentou proporcionalmente e a fila andou. Diretor jurídico do Flamengo, Bernardo Accioly explica que somente no início de 2015 poderá de fato se notar a extinção dos processos, por exemplo, de pagamentos de multa rescisória ou obrigações não recolhidas, como Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Isso porque, explica Accioly, o empregado tem um prazo de dois anos para acionar o clube em caso de demissão e, como as questões passaram a ser revistas no início de 2013, apenas em 2015 poderá se ter certeza que não haverá novos processos por este tipo de motivo. Entre os casos trabalhistas resolvidos estão os de jogadores como Ronaldo Angelim, Kléberson, Marcelo Lomba, Juan e Willians, entre outros. Atualmente, do ponto de vista orçamentário, o Flamengo faz provisões de contingência de R$ 35 milhões para quitar essas 170 rotuladas como "perda provável" - sem considerar a ação de Ronaldinho Gaúcho que o clube estima, de acordo com o montante incluído como provisão de contingência no balanço financeiro, perder R$ 10 milhões. Levando em conta o que o clube conseguiu quitar de dívidas trabalhistas em 2013, o montante não assusta tanto assim: no ano passado, o Flamengo pagou R$ 26,1 milhões de débitos dessa natureza. Somente de janeiro até o dia 13 de março de 2014 foram pagos R$ 2,9 milhões. Antes você tinha advogados trabalhando e tinha diretores não remunerados, que obviamente têm de ser remunerados em outro emprego. Então os chefes da máquina que roda no dia a dia vinham para o clube no final do dia, sem o mesmo compromisso de uma pessoa que está aqui o dia todo cobrando com rédea curta. O trabalho era feito, mas era feito sem controle, sem organização, sem meta. Tinha uma gerente, que é muito boa e está lá até hoje, mas agora está achando ótimo porque tem como escalar quando há um problema e ela também é cobrada por essa organização e controle - disse Accioly. O diretor esclareceu ainda que houve uma mudança de filosofia para acelerar a eliminação de processos de menor valor. Como pessoas demitidas na gestão passada têm dois anos para entrar com ação, e como se demitia sem pagar as verbas rescisórias, a tendência é que a partir de 2015 essa curva seja uma decrescente de forma muito acentuada. A multa rescisória não paga a gente sabe que vai perder, os juros trabalhistas são o melhor investimento que existe no país, ou seja é bom para o clube pagar e bom para o reclamante também. Se o cara tem uma expectativa de receber 50 daqui cinco anos e a gente oferece 30 hoje, ele provavelmente aceita. A ordem é para procurar e antecipar a solução dos casos mais baratos, fazer acordo. A expectativa é chegar no fim da gestão com um número de ações inferior a 50.(globoesporte.com)
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