sexta-feira, 4 de abril de 2014

Alecsandro deixa passado no Vasco de lado: 'Uma vez Fla, sempre Fla'

Às vésperas do primeiro jogo da final do Campeonato Carioca, atacante se destaca em vitória na Libertadores e deve mais uma vez ser titular do time rubro-negro. Em 2011 e 2012, Alecsandro vestiu a camisa do Vasco, onde foi campeão da Copa do Brasil logo no seu primeiro ano em São Januário. Agora, no Flamengo, reencontrará o ex-clube na final do Campeonato Carioca cercado de expectativa sobre o seu futebol. Afinal, são 11 gols marcados na temporada, liderando a artilharia do time. No entanto, depois de mais uma boa partida, tendo marcado um dos gols da vitória por 2 a 1 sobre o Emelec-EQU, em Guayaquil, Alecsandro deixou de lado o passado no Vasco. Para ele, o momento é de pensar apenas no Flamengo e lembrou o hino do clube para expressar seu sentimento atual. - É uma final importante. Mas visto a camisa do Flamengo e já demonstrei meu carinho. É como diz o hino: "Uma vez Flamengo, sempre Flamengo" - afirmou Alecsandro na volta ao Rio de Janeiro. No primeiro jogo da final do Carioca, domingo, Alecsandro deve ser mais uma vez titular, tanto pela situação física de Hernane quanto pela sua condições técnica. Político, mantém o discurso da importância de todos no grupo para que o Flamengo consiga se sair bem nas duas competições que disputa no momento. - Venho trabalhando, treinando todo dia, procurando meu melhor. Todo mundo jogar bem é fundamental. Temos uma equipe de qualidade e o professor Jayme vai montar o que for melhor para a final. Vamos vencer o Carioca sem esquecer da Libertadores - comentou o atacante. Contra o Emelec, Alecsandro foi eleito o melhor jogador em campo. Com quatro participações em Libertadores no currículo, o jogador tinha consciência da importância que representava naquele momento em um jogo no qual o Flamengo corria o risco de eliminação em caso de derrota. - Fico feliz. Foi jogo importante e particularmente gosto desse tipo de jogo. Era o jogador com experiência maior em campo e tinha que mostrar esse espírito de Libertadores. Deu tudo certo e trouxemos a vitória que foi o mais importante - disse o jogador.(globoesporte.com)

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Catimba, correria e força-tarefa: Fla renasce com cara de Libertadores

Escolhas improváveis de Jayme, proteção para João Paulo e velocidade nos ataques fazem diferença em time sem vergonha de cera e chutão para segurar o Emelec. Um Flamengo que, enfim, disse "muito prazer" para a Taça Libertadores da América. O cenário era adverso, perder era proibido, os jogadores mais experientes estavam fora, mas o Rubro-Negro que pisou no gramado do George Capwell, em Guayaquil, para enfrentar o Emelec, parecia ter passado por um curso intensivo de como se comportar na competição sul-americana. Com todo clichê comum a disputas em gramados vizinhos em mente e sem perder a cabeça, o Rubro-Negro foi catimbeiro, firme nas divididas e veloz quando teve a bola para fazer 2 a 1 no Equador e renascer em uma disputa quase perdida após a derrota para o Bolívar, há duas semanas, na altitude de La Paz. No fim, os 29 flamenguistas presentes levaram a melhor diante de 21 mil barulhentos e "ignorados" torcedores do "Bombillo". Sem seis jogadores (cinco titulares), Jayme dividiu o Flamengo em dois: do meio para trás, forte e marcador, com Welinton improvisado na direita e Amaral plantado atrás, sempre atento ao setor esquerdo, dando suporte a João Paulo. Do meio para frente, leve e rápido, com Paulinho, Everton e Gabriel de olho em qualquer bobeada do Emelec, além de toda a experiência de Alecsandro. Escalação surpreendente, mas que serviu como antídoto perfeito contra o caldeirão que se formava no George Capwell e sob medida para um time que não se privou de jogar duro e feio quando necessário. ‘Senhor Libertadores’, Alecsandro administra partida. Há seis meses sem perder em seu estádio, o torcedor do Emelec se acostumou a sair de casa para fazer festa. E na noite de quarta-feira em Guayaquil a celebração começou exatamente às 19h22m (21h22m de Brasília). Neste instante, a "Boca do Poço", espaço destinado para as organizadas, atrás de um dos gols, entrou em ação com cantos que continuariam de forma incessante até depois do apito final da partida - mesmo durante os gols do Flamengo. Já no aquecimento, os rubro-negros tiveram a noção de que não teriam sossego. O desenrolar da partida, por sua vez, fez com que nem tivessem tempo para que se sentissem intimidados. A festa com papéis higiênicos, bandeiras e batuque até foi bonita na entrada do Emelec em campo, mas o toque de mão de Nasutti, aos sete minutos, seguido do gol de pênalti de Alecsandro, caiu como uma luva para estratégia montada por Jayme de Almeida. A sorte virou. O Flamengo, que sofreu contra León e Bolívar com lances decisivos nos minutos iniciais, tinha agora o "inesperado" a seu favor. E soube utilizar desse benefício. Enquanto o torcedor local gritava a todo instante que "esta noite teriam que ganhar", os cariocas se mantinham seguros de si em campo e administravam as ações, com e sem a bola. Calejado na Libertadores, Alecsandro era um líder nato em campo e não parava. Suas ações não ficaram restritas ao futebol. O atacante cobrava da arbitragem, cavava faltas, dialogava com o técnico rival e até fazia faltas mais fortes no meio de campo para mostrar que o Fla não se deixaria dominar por estar longe do Brasil. Responsável pelo primeiro combate, ainda na intermediária ofensiva, o camisa 19 deixava evidente também para os equatorianos que furar o ferrolho rubro-negro não seria tão fácil quanto foi para León e Bolívar quando jogaram em seus domínios. Bem postado, o Fla muitas vezes obrigava o Emelec a apelar para chutões. Quando conseguia sair jogando, os equatorianos se arriscavam pelas pontas e também sofriam com o esquema armado por Jayme. Zagueiro de origem, Welinton teve noite inspirada na vaga de Léo Moura. Bem nas antecipações, ganhou a maioria das disputas no combate direto e terminou a partida com 19 interceptações, entre desarmes e roubadas de bola. Do lado esquerdo, porém, estava uma das principais alterações táticas do Rubro-Negro. Apontado como responsável direto pelo tropeço diante do Bolívar no Maracanã, João Paulo não esteve sozinho em nenhum instante. Pelo contrário, foi montada uma força-tarefa em seu setor. Na retaguarda em tempo integral estava Amaral, quase que como uma sombra do lateral. Com a marcação dobrada, o Fla retardava as ações ofensivas do Emelec, e Paulinho e Everton quase sempre voltavam para ajudar a proteger o setor. Desta maneira, raras foram as chances do time da casa em um primeiro tempo onde Felipe praticamente não trabalhou. Com a missão bem cumprida nos 45 minutos iniciais, os jogadores voltaram a dar sinais de que estavam no "clima de Libertadores" antes da descida para o intervalo. Fato incomum, muitos deles cercaram o árbitro chileno Julio Bascuñan para questionamento por encerrar a etapa inicial durante um contra-ataque puxado por Everton. Medida muito mais para "marcar território" do que por motivo justo. Cera, cai-cai e chutões: relógio a favor do Fla Na volta para o segundo tempo, o Flamengo manteve a marcação forte, mas já em seu campo de defesa. Foi quando a pressão do Emelec e a catimba rubro-negra aumentaram simultaneamente. Acuado, os cariocas suportavam bem as investidas do adversário e tentavam esfriar o jogo com cera e chutões sempre que necessário. Postura mantida mesmo após o gol de empate do time do Equador, aos 20, com Stracqualursi, de pênalti. Afinal, o empate era suficiente para levar a decisão do grupo para o Maracanã, diante do León. A esta altura, Alecsandro já não recebia mais tantas bolas. Por outro lado, segurava o jogo questionando o quarto árbitro em marcações duvidosas e dialogando com o treinador rival, Gustavo Quinteros. As idas ao ataque ao mesmo tempo em que tinham que voltar para defender foram minando o fôlego de Everton e Paulinho, e o Fla perdeu um pouco do desafogo no contra-ataque. Welinton, que vinha bem, apesar do pênalti cometido, também acusou o golpe de tanta correria após longo período de inatividade e pediu para sair. A fortaleza montada por Jayme ameaçava ruir, mas fez da catimba uma aliada. Se correr não era possível, Welinton caiu, saiu de maca, voltou, caiu de novo e parou o jogo por minutos preciosos até dar lugar a Chicão. O mesmo aconteceu com Everton, pouco depois, irritando o torcedor local. O Flamengo nitidamente deixava o tempo passar, mas fazia isso de maneira inteligente, enervando rival e sem dar brecha para ser punido pela arbitragem. Amaral, expulso na estreia por "exagerar na vontade" e cometer falta grosseira, cumpria bem seu papel de cão de guarda e ainda encontrava uma maneira de levar os equatorianos a loucura. Jayme: ‘No ritmo e no jeito que se joga a Libertadores’ Em determinado momento, o volante deixou uma bola pererecando na área antes de um escanteio, enquanto o adversário já se preparava para cobrança após reposição rápida do gandula. Alguns segundos a favor do Fla. A cada cobrança de falta na intermediária, Amaral também olhava para um lado, para o outro, e pedia para que outro companheiro assumisse a missão. Mais alguns segundos a favor do Fla. Assim, o Rubro-Negro caminhava para um empate bem-vindo e praticamente sem sustos, até que mais uma escolha improvável de Jayme foi recompensada. Renascido após uma temporada desastrosa no São Paulo, Negueba entrou em seu décimo jogo no ano, deu novamente velocidade ao time, e acertou lindo lançamento para Paulinho decretar: Emelec 1 x 2 Flamengo. Um novo Flamengo. - O time jogou no ritmo e no jeito que se joga a Libertadores. Tem momentos que dá para jogar bonito, outros não. Acima de tudo, tem que ter muito coração, muita vontade, lutar o tempo inteiro. Os meninos se comportaram de uma maneira grande – definiu orgulhoso Jayme de Almeida. Na quinta rodada, o Flamengo renasceu. E renasceu com cara de Libertadores.(globoesporte.com)

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Jayme trabalha Fla com Welinton na lateral para pegar o Emelec

Zagueiro, que esteve em campo na derrota por 3 a 2, em 2012, foi o escolhido pelo treinador para substituir Léo Moura em trabalho secreto em Guayaquil. Welinton deve ser a grande surpresa do Flamengo para a partida que pode definir o futuro na Libertadores. O zagueiro foi o escolhido de Jayme de Almeida para o lugar de Léo Moura, e participou de todo treino tático visando o confronto com o Emelec, nesta quarta-feira, às 22h (de Brasília), no estádio George Capwell, pela quinta rodada do Grupo 7 da Libertadores. A atividade aconteceu na véspera do confronto, no estádio Monumental, do Barcelona, e foi fechada para imprensa. Hernane, com um problema nas costas, sequer foi a campo e será reavaliado pelo departamento médico. No último treinamento, Jayme de Almeida conversou longamente com seus comandados no centro do gramado e os liberou para o tradicional recreativo de véspera de jogos. Em seguida, distribuiu os coletes para arrumar a equipe taticamente em campo e surpreendeu ao optar por Welinton. O defensor parece ter ganhado a disputa com Recife, que atuou sábado, diante da Cabofriense, Paulinho e Gabriel, que poderiam atuar no setor, uma vez que Léo Moura e Léo estão lesionados. Trata-se de uma alternativa mais precavida para um Flamengo que leva para o Maracanã a decisão da vaga nas oitavas de final com um empate. Durante o trabalho, o treinador orientou o posicionamento em saídas para o ataque sem que fosse realizado um coletivo. Apesar de ser zagueiro de origem, a presença de Welinton não significa uma alteração para o 3-5-2. Ele atuará aberto pelo lado direito - naturalmente com obrigações mais defensivas - sem alteração drástica na maneira de atuar de Wallace e Samir. Carta praticamente fora do baralho na temporada passada, quando retornou de um empréstimo para o futebol russo, Welinton foi reintegrado ao elenco justamente por Jayme de Almeida, que sempre elogiou bastante seu futebol. No início de 2014, o defensor foi o destaque do time C, e marcou dois gols nas duas vitórias por 1 a 0 sobre Audax e Volta Redonda nas primeiras rodadas da Taça Guanabara. Desde então, não entrou mais em campo. Com 151 exibições e quatro gols com a camisa do Flamengo, Welinton esteve presente na derrota por 3 a 2 para o próprio Emelec, em 2012, no George Capwell. Pelo Rubro-Negro, foi campeão brasileiro em 2009, da Copa do Brasil em 2013 e do Carioca em 2009 e 2011. Caso Jayme opte pela equipe que trabalhou no estádio Monumental, o Fla entrará em campo com Felipe, Welinton, Wallace, Samir e João Paulo; Amaral, Muralha e Lucas Mugni; Everton, Paulinho e Alecsandro. Hernane, caso se recupere do problema nas costas, pode ser opção no ataque.(globoesporte.com)

segunda-feira, 31 de março de 2014

Dez anos depois, Fla e Vasco enfim se reencontram na decisão do Carioca

Em 2004, Jean teve tarde iluminada e deu título ao Rubro-Negro. Cruz-Maltino não leva a melhor em grande final com o arquirrival desde 1988, quando Cocada brilhou. Flamengo e Vasco voltam a se encontrar em uma final de Campeonato Carioca depois de 10 anos. A última recordação da decisão é favorável ao Rubro-Negro. Em 2004, depois de vencer a primeira partida por 2 a 1, o time da Gávea chegou à conquista com vitória por 3 a 1, sendo três gols de Jean - que marcou seu nome na história do clube. Já o último triunfo Cruz-Maltino quando os rivais se encontraram na finalíssima vem de 1988. Cocada garantiu a faixa de campeão com um gol que também entrou para a galeria dos clássicos. Agora, a decisão do Carioca se dará em dois jogos, nos próximos domingos. O Flamengo tem a vantagem de poder empatar duas vezes para ficar com a taça por ter feito a melhor campanha na fase classificatória. - O Jayme já tem (título este ano), a Taça Guanabara, já é experiente, deixa os mais novos ganharem (risos). É um grande profissional, vai ser um jogo acirrado, disputado e que vença o competente – disse em tom leve Adilson Batista, depois da vitória por 1 a 0 sobre o Fluminense, neste domingo. Jayme, que acompanhou a vitória do Vasco sobre o Fluminense neste domingo pela TV, muda o foco para o decisivo jogo pela Libertadores, quarta-feira, diante do Emelec, no Equador. O treinador terá que dividir atenção entre as duas competições. Reveja as últimas conquistas de Vasco e Flamengo quando os times se encontraram numa grande decisão de Campeonato Carioca. * COCADA NA HISTÓRIA A última vez que o Vasco venceu o Flamengo em uma decisão de Campeonato Carioca foi no ano de 1988. Por ter conquistado dois turnos e o Flamengo apenas um (a fórmula de disputa era diferente), o Vasco entrou com um ponto de vantagem na decisão do estadual. O time treinado por Sebastião Lazaroni ganhou o primeiro jogo por 2 a 1 e foi para o segundo jogo com vantagem ainda maior. O Cruz-Maltino selou a conquista com o histórico gol do lateral Cocada - que entrara no lugar de Vivinho aos 41 minutos do segundo tempo e, aos 44, colocou a cereja do bolo e seu nome na história do clube. O jogo ainda terminou em confusão entre o rubro-negro Renato Gaúcho e Romário, do Vasco. * ILUMINADO, JEAN DEFINE O Flamengo saiu em vantagem na decisão do Carioca de 2004 ao vencer o primeiro jogo por 2 a 1. Na segunda partida, logo com dois minutos de jogo, Valdir Bigode fez 1 a 0 e apimentou a final estadual. O Vasco pressionou, o Rubro-Negro equilibrou a partida e brilhou a estrela de Jean, que balançou as redes três vezes e selou o placar de 3 a 1. O jogo teve diversas expulsões, foi quente e terminou com o título da equipe da Gávea, no último duelo entre os rivais em uma grande decisão de Campeonato Carioca. * OUTROS ENCONTROS DECISIVOS EM 2006 e 2011 Depois de 2004, ainda pelo Carioca, Flamengo e Vasco viveram clima de decisão, mas apenas de um turno, em 2011. Os times se encontraram na final da Taça Rio. O Rubro-Negro já tinha sido campeão da Taça Guanabara. Depois de 0 a 0 no tempo normal, o time da Gávea venceu nos pênaltis, quando os vascaínos perderam três de quatro cobranças, e foi campeão direto. Já em 2006, o duelo foi pela Copa do Brasil. E o Flamengo sagrou-se campeão, depois de vencer a primeira partida por 2 a 0 (gols de Obina e Luizão), e a segunda por 1 a 0. O lateral-esquerdo Juan foi o autor do gol. * DEPOIS DE 1988, VANTAGEM RUBRO-NEGRA EM FINAIS Após o título com o gol de Cocada, Flamengo e Vasco se enfrentaram em três finais de Carioca fora a de 2004. Em 1999, 2000 e 2001, o Rubro-Negro superou o arquirrival na grande decisão do estadual. Em 1996, foi campeão ao vencer os dois turnos, que eram disputados em pontos corridos. Na última rodada de ambos, o adversário foi o Vasco. A situação inversa se deu em 1992, quando o Vasco foi campeão por conquistar a Taça Guanabara e a Taça Rio, ambas por pontos corridos e com o Flamengo como adversário na última rodada.(globoesporte.com)