sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Papa-líderes, Fla faz valer tradição e salva temporada com Copa do Brasil

Coadjuvante no Estadual e no Brasileiro, Rubro-Negro chega à sexta decisão da competição em sua história ao bater melhores equipes do país. Uma sintonia comprovada por números e que pode colocar na história um ano que parecia fadado a irrelevância na história do Flamengo. Com uma proposta de recuperação administrativa, a nova diretoria cortou gastos, dispensou estrelas e projetou resultados a longo prazo em busca da saúde financeira do clube. Até que a tradição rubro-negra na Copa do Brasil falou mais alto. Uma tradição marcada por recordes, e que vem sendo comprovada em uma campanha avassaladora contra aqueles que têm sido os melhores times do país na temporada. Para chegar à sexta final de sua história, os cariocas despacharam três dos cinco primeiros colocados no Brasileirão e agora encaram o Atlético-PR, vice-líder, para consolidar com um tricampeonato a afeição entre o mata-mata e o time do "deixou chegar". Oscilante nos pontos corridos, o Flamengo ainda não se acostumou com a parte de cima da tabela nesta tipo de competição. Campeão em 2009, tem o terceiro lugar de 2007, quinto de 2008 e quarto de 2011 como melhores colocações em um formato de disputa onde se viu por algumas vezes com risco de rebaixamento. Já no mata-mata da Copa do Brasil, o retrospecto é diferente e animador. Com a vitória sobre o Goiás, o Rubro-Negro chegou a sua quarta decisão nas últimas sete participações - desde 2003, quando houve a mudança nos moldes do Brasileirão. Vice para Cruzeiro (2003) e Santo André (2004), levou a melhor sobre o Vasco (2006) e encara o Furacão para igualar uma conta que tem ainda o título de 90 e o vice de 97, para o Grêmio. Os gaúchos, por sinal, são os únicos que superam o Fla em números de finais: sete, com quatro conquistas. Em outras estatísticas, porém, o Rubro-Negro é imbatível. Ninguém, por exemplo, venceu mais jogos - 87 em 144 - nem fez mais gols: são 279. Outra marca de respeito é a que o clube tem dentro do Maracanã, palco da finalíssima contra o Furação. No estádio, foram apenas duas derrotas pela competição. Uma deles, porém, inesquecível: 2 a 0 para o Santo André na final de 2004 - a outra foi um 4 a 0 para o Santos, em 2000. A campanha em 2013 aponta para um Flamengo que faz jus a este retrospecto copeiro e que cresce em confrontos decisivos, principalmente diante do torcedor. Se em 2006, quando foi campeão após também ter participação pífia no Estadual, nenhum rival até a final vinha da Série A, o retrospecto este ano impressiona. Com seis vitórias em seis jogos, passou sem problemas por Remo, Campinense e ASA de Arapiraca nas fases preliminares, até encontrar uma série de pedreiras com a entrada dos times que participaram da Libertadores. Líder disparado do Brasileirão, o Cruzeiro foi a primeira vítima com derrota por 2 a 1 no Mineirão e 1 a 0 suado, com gol de Elias nos minutos finais, no Maracanã. Esta partida, por sinal, marcou pela união da torcida com equipe e foi determinante para que a diretoria abandonasse a ideia de mandar jogos em Brasília. Em seguida, o Fla teve pela frente o Botafogo, rival local e que, na ocasião do confronto, ocupava a segunda posição no Campeonato Brasileiro. Mais uma vez azarão, segurou o 1 a 1 no jogo de ida e atropelou na volta: 4 a 0, com três gols de Hernane. Com os dois times aclamados como melhores da temporada pelo caminho, o Goiás surgia como rival menos complicado. A equipe do Planalto Central, entretanto, engrenou na disputa por pontos corridos e, mesmo sem o craque Walter, chegou para o confronto decisivo vivíssimo por um lugar no G-4, em quinta, com um ponto a menos que o Botafogo. A boa fase em uma competição, por sua vez, não valeu na outra, e a trajetória do Esmeraldino na Copa do Brasil acabou com duas derrotas por 2 a 1. Agora, o Flamengo tem pela frente o Atlético-PR, mais um time que ocupa temporariamente a segunda colocação no Brasileirão. Assim, do quinteto da ponta da tabela, apenas o Grêmio não cruzou o caminho rubro-negro - por ter sido eliminado justamente pelo Furacão. Um dos principais responsáveis pela campanha demolidora de líderes, Elias admitiu que a postura do Flamengo em jogos decisivos tem sido mais agressiva. - O mata-mata é diferente, um torneio de tiro curto. Nossa equipe se adaptou bem, conseguiu fazer grandes jogos. Acho que é diferente. Podemos dizer que o time entra mais ligado, mais vibrante nos jogos. Isso tem sido fundamental. Esperávamos ter essa vibração no Brasileiro também, mas quando conseguimos já era tarde. Paulo Victor fez coro com o camisa 8. Para o goleiro, a união entre time e Maracanã tem sido determinante para que o Fla seja tão mais forte na Copa do Brasil. Nesses jogos de mata-mata temos tido a felicidade de decidir em casa, com a nossa torcida. Mata-mata é uma competição diferente, valoriza o gol fora, diferente do Brasileiro que é jogo a jogo. A nossa torcida nos contagia. Você entra no Maracanã e vê aquela festa linda. Quando sofremos o gol (contra o Goiás), a torcida incentivou ainda mais. Sentimos tudo isso lá no campo, dá confiança. Com certeza, isso é uma vantagem que o Flamengo é uma das poucas equipes que têm. E mais uma vez o Flamengo decide uma eliminatória no Maracanã. Desta vez, decide o título. Dia 20, o time carioca vai até Curitiba enfrentar o Atlético-PR na Vila Capanema, com a finalíssima marcada para o Rio de Janeiro uma semana depois. Caso leve a melhor, o clube com mais vitórias e mais gols marcados se aproximará também de ser o que tem mais títulos da Copa do Brasil, mas não alcançará os líderes Grêmio e Cruzeiro, que têm quatro.(globoesporte.com)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.