domingo, 7 de julho de 2013

Torcida apoia, incendeia Mané Garricha e vira o ‘melhor da noite’

Mano diz que incentivo foi o que de mais positivo ocorreu diante do Coxa. Fla se sente bem no estádio, mas Elias fala em 'definir logo a casa'. O Coritiba até jogou um balde de água fria. Bem gelada, na verdade. Mas nada foi capaz de apagar o caldeirão no qual se transformou o Mané Garrincha, em Brasília, no empate por 2 a 2 com o Flamengo, sábado, pela sexta rodada do Brasileirão. Com o prolongamento da negociação pelo retorno ao Maracanã, o Rubro-Negro adotou a capital federal como sua casa, e teve diante do Coxa uma amostra de que será pego no colo, independentemente do que apresente em campo. Pelo menos, em um primeiro instante. Mesmo cerca de uma hora antes de a bola rolar, a maioria dos 55.110 presentes já tinha ocupado seus lugares e fazia festa a cada gol exibido no telão em propaganda do programa sócio-torcedor. O mesmo aconteceu na entrada em campo do time para aquecimento e durante todo o jogo. Entusiasmados com a proximidade da paixão normalmente tão distante, os brasilienses fizeram festa e incentivaram a equipe durante os 90 minutos. Ao apito final, porém, o empate frustrante gerou vaias. No anúncio oficial das equipes, um “Uhhhhh” quase uníssono para os jogadores do Coritiba, em especial Alex – por sinal, o melhor em campo. No lado rubro-negro, Léo Moura foi o mais ovacionado, enquanto Carlos Eduardo ouviu uma divisão de vaias e aplausos. Bastou a bola rolar, porém, para o incentivo ser irrestrito. Gritos de “Mengo” foram constantes e alternavam com vaias no período em que o time paranaense tinha posse de bola. Cada roubada de bola era comemorada, assim como faltas a favor do Flamengo. O gol de Moreno, logo no início, incendiou ainda mais a massa, que celebrou ao som de “Sai do chão, sai do chão, a torcida do Mengão”. A sintonia era tanta que os torcedores jogaram a favor até para evitar um punição ao clube. Na metade do primeiro tempo, um copo foi arremessado no campo e atingiu um auxiliar. O árbitro Paulo César Oliveira interrompeu a partida e prontamente o público identificou o baderneiro para que fosse retirado, evitando problemas para o clube. No segundo tempo, um episódio representou bem a condição de parceria proposta pelos brasilienses. Assim que Chico marcou de cabeça o primeiro gol do Coritiba, o estádio respondeu com gritos de “Mengo”. A reação não surtiu efeito na equipe, que manteve o “apagão” até o empate em gol de Alex, seguido de raros minutos de silêncio. Já na metade da etapa final, o apoio ao time se dividiu com gritos que pediam Rafinha. Mano Menezes atendeu, mas o camisa 7, que cresceu no Distrito Federal, não respondeu em campo. O tropeço, após ter a vitória nas mãos, gerou vaias ao término do jogo, mas nada muito forte. Nas rampas de saída do estádio, o torcedor gritava e cantava como se tivesse conquistado uma vitória. O sistema de som ainda avisou: “Próximo jogo no Mané Garrincha: Vasco x Flamengo”, e a informação foi celebrada como um gol. Em entrevista coletiva, Mano Menezes comentou a participação da torcida na partida e a avaliou como o ponto alto da noite de sábado. O treinador deixou clara ainda a necessidade de dar uma vitória como contrapartida ao apoio. Até agora, o Fla jogou duas vezes no local e empatou com Santos e Coritiba. - Foi o fator mais positivo do que vivenciamos aqui. O torcedor apoiou e entendeu as limitações em determinados momentos. Em um curto espaço de tempo, queremos vencer aqui para brindar essa torcida que está vindo, para que venham mais e em maior número. Mano comparou a relação com um casamento e admitiu que, neste momento, o Flamengo precisa ser carregado no colo pelo torcedor de Brasília. - Precisa haver um casamento entre torcida e time. E em um casamento em determinados momentos você precisa mais do parceiro. Hoje, precisamos mais do torcedor. Ainda vivemos momentos de afirmação e vamos passar por ele com esse apoio. Na frente, queremos dar essa recompensa. Elias fez coro com o treinador e elogiou a participação da torcida. O camisa 8, por outro lado, deixou claro que o Flamengo precisa estabelecer um estádio definitivo o quanto antes. - É longe do nosso público, que está acostumado a torcer para a gente. O torcedor em Brasília encheu o estádio e fez festa. Espero visitar Brasília novamente mais para frente, mas com a nossa casa já definida. Nesta semana, o Flamengo viaja até Alagoas para enfrentar o ASA, em Arapiraca, quarta-feira, pela Copa do Brasil, mas retorna a Brasília na quinta para os confronto com o Vasco, domingo, e o próprio Asa, dia 17. Em breve, o clube anunciará ainda um pacote que prevê novas partidas no Mané Garrincha até que chegue ao fim a negociação pelo retorno ao Maracanã.(globoesporte.com)

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